EISTEIN : uma
biografia – Jürgen Neffe – Editora Novo Século
Sinopse:
Um cientista genial, que mudou
nossa concepção de mundo: Albert Einstein, figura fascinante (e
mal arrumada também), um homem ao mesmo tempo capaz de atitudes
ingênuas e visionárias, repletas de lucidez.
Einstein – uma biografia nos leva a uma viagem ao passado, num
verdadeiro mergulho em uma época de plena ebulição científica. Nesta viagem,
Jürgen Neffe é o guia, em busca de pistas que nos levem a conhecer uma das mais
enigmáticas e importantes personalidades do século XX (além daquelas frases que o povo
adora colocar no Facebook e atribuir ao cara).
Em um texto de leitura agradável
e humana (isso não é verdade), o leitor é conduzido facilmente por
caminhos aparentemente tão complexos quanto os conceitos de “dupla natureza da
luz e “linhas geodésicas”, procurando uma resposta à seguinte pergunta: Quais
foram as paixões deste homem, um dos maiores gênios de todos os tempos, cujo
trabalho reverbera até hoje no espaço-tempo da ciência?
Prólogo:
“E agora o seu cadáver frio está
ali, deixado à sua frente todo cortado. Era a última oportunidade para se
apropriar de algum pedaço do corpo, antes que fosse levado ao crematório. Algo
que um dia a humanidade cobiçaria. De repente, o patologista sente uma
oportunidade única, que jamais se repetirá. O caso 55-33 mudará sua vida. Ele
toma uma decisão difícil, com muitas consequências.
É parte da rotina das autópsias
retirar o cérebro do morto e examiná-lo. Mas o que Harvey faz com o morto
Einstein não é parte de seu juramento médico, e nem foi feito para atribuição
ou com a autorização de alguém. Ele serra a cabeça do morto e corta o seu
conteúdo para retirá-lo. Assim como na cena de Hamlet segurando o crânio, ele
segura o cérebro morto. O especialista tem certeza de que naquela rede
intricada de nervos, de pouco mais de um quilo, esconde-se a chave para a
compreensão da enorme força intelectual criadora do seu dono. Se conseguisse
decifrar o segredo do funcionamento daquele órgão, ele, como patologista,
obteria a fama e honrarias. Então, ele decide se apropriar do órgão e não
devolvê-lo nunca mais.”
Harvey com um "teco" do cérebro de Einstein. |
Sobre o autor:
Jürgen Neffe é alemão, nasceu em 1956 e vive atualmente entre Hamburgo e Berlim. Já recebeu uma série de prêmios, entre eles o prestigiado Egon-Erwin-Kisch. É formado em física e biologia, com doutorado em bioquímica (e eu pensando em uma pós). Trabalhou por vinte anos como jornalista e redator na revista GEO, e como correspondente internacional da Spiegel, em Nova York.
Jürgen Neffe é alemão, nasceu em 1956 e vive atualmente entre Hamburgo e Berlim. Já recebeu uma série de prêmios, entre eles o prestigiado Egon-Erwin-Kisch. É formado em física e biologia, com doutorado em bioquímica (e eu pensando em uma pós). Trabalhou por vinte anos como jornalista e redator na revista GEO, e como correspondente internacional da Spiegel, em Nova York.
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Minhas considerações:
Sou muito fã de biografias e, com tudo que ouvimos falar superficialmente a respeito de Einsten, confesso que me senti bastante interessado sobre o assunto. Vamos deixar claro, em nenhum momento a capacidade intelectual de Einstein e a forma como ele revolucionou a física, é colocada em cheque, porém... Por questões mais comerciais eu mudaria o título do livro para:
Sou muito fã de biografias e, com tudo que ouvimos falar superficialmente a respeito de Einsten, confesso que me senti bastante interessado sobre o assunto. Vamos deixar claro, em nenhum momento a capacidade intelectual de Einstein e a forma como ele revolucionou a física, é colocada em cheque, porém... Por questões mais comerciais eu mudaria o título do livro para:
EINSTEIN - Vadio, Promiscuo, Autista e Gênio!
Neffe, teve acesso a arquivos muito pessoais de Albert, cartas recebidas e enviadas que, sem querer, acabaram desconstruindo um pouco a imagem daquele velhinho simpático e descolado de língua pra fora. Em muitos textos, destinados principalmente as suas peguetes, testemunhamos uma linguagem fria e pensamentos muito imaturos que são incompatíveis com aquelas lindas frases que floreiam alguns "Facebook´s" da vida. Porém, verdade seja dita, não tivemos um físico como ele em mais de 300 anos. Desde Isaac Newton, nenhum paradigma relevante havia aparecido até 1905 com a apresentação da Teoria da Relatividade Restrita de Einstein (quer dizer, até deve ter aparecido mas... blhaaaá), mesmo assim encontramos em sua pessoa, um cara desligadão, aquele tipo de pessoa que costumamos chamar de "autista por opção". Antes que me achem um pouco extremista por escrever isso, no livro, é realmente levantada a hipótese de um certo grau de autismo, o que explicaria o nível de abstração de Einstein, que o fazia se desligar de tudo e todos, tornando-o de certa forma, insensível em relação aos sentimentos das pessoas, principalmente esposas e filhos, deixando o concentrado em suas viagens em cometas a velocidade da luz (se sou eu que faço isso, seria no mínimo um idiota). Outra coisa mensionada também, é o lado galinha do físico, várias puladas de cerca e idas frequentes a casa do baixo meretrício. A propósito, fala-se que sua a morte, em abril de 1975, foi fruto de uma sífilis mal curada.
Em relação ao livro, é realmente um conteúdo riquíssimo
de informações. Tirando essa parte meio "TI TI TI",
tudo o que aborda a vida científica do homem, é bem completo e traduzido para
os mais ignorantes (como eu por exemplo), o única coisa para mim,
que eu identifiquei como um pouco falho (notem que eu usei o "para
mim"), é a cronologia da história. O livro não segue uma sequência
muito coesa, e as vezes você fica um pouco perdido. Isso por que, nosso amigo
Jürgen criou uma time-line para cada fase da vida de Einstein que ele
menciona. Por exemplo, a teoria da relatividade acontece em 1905, você espera
que o que seja tratado corresponda a acontecimentos pós esse marco, mas ao
invés disto, o autor fica indo e voltando no tempo de acordo com aspecto
abordado: vida pessoal, profissional, física e etc. (acontece isso o
livro todo) Mas realmente isso não desabona de forma alguma a leitura,
só vai exigir um pouco mais de atenção (e algumas canetas
"marca-texto" se necessário). Se você curte figuras emblemáticas,
física e revistas de fofoca (ou se ainda acha que foi Einstein quem criou a
bomba atômica), vale a pena dar uma conferida nesse livro.
Caindo eu
gritei isso, nos vemos no chão!
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