Não sou uma cara religioso, pra dizer a verdade
eu sou tão religioso quanto o George Carlin (se você não conhece, é um
humorista que vale conhecer), mas já escutei diversas vezes citações
que falam a respeito de mortos andando entre os vivos no dia do juízo final, o
que alguns "carinhosamente" chamam de zumbis. Toda essa temática, a
forma como o cinema aborda o assunto e a recente repercussão a respeito do
calendário (chupa Maias) Maia, me fizeram refletir um pouco a respeito.
Ilustra bem o que eu quero dizer. |
Quando você observa atentamente essas pessoas, usuárias de drogas que vivem pelas ruas, você acaba percebendo que
elas estão mortas. Não no sentido bíblico, claro, mas elas, de alguma forma se
vão, deixando as suas identidades, suas casas e convicções em uma outra vida. Isto
é, morrendo, tornando-se seres capazes de fazer qualquer coisa. Das
mais baixas e vis que um ser humano pode fazer para conseguir saciar uma
"fome" que é incompreendida por uma pessoa "normal", assim
como os zumbis cinematográficos famintos por cérebros (e algumas pessoas por azeitona...
eu odeio azeitona, como tem gente que gosta daquilo!?).
Acho que podemos classificar o crack com uma das
mais devastadoras entre elas, pela sua capacidade de viciar em pouco tempo de
uso, preço acessível e etc... Mas devemos considerar a "fuga" química, por
mais branda que seja, um degrau nessa "transformação zumbi". Eu
duvido que nenhuma grande empresa, organização (ou sei lá, uma entidade
alienígena), já não tenha pensado em o quanto o povo é frágil e, com o
estímulo certo, suscetível a um certo tipo de controle. Não só de forma lucrativa, mas também manipulável.
Isso realmente nos faz pensar em nossa concepção de zumbis. Quer dizer, eu não preciso propagar um vírus no ar e contaminar a
todos indiscriminadamente (o que geralmente acontece em filmes).
Não... eu posso simplesmente, "viciar" um determinado grupo de indivíduos e, controla-los. Com uma droga certa no momento certo (é claro, isso em um panorama onde a
merda toda não sai fora do controle).
Parece um "hominho", que fofo! |
Alguém pode achar isso um pouco "teoria da
conspiração" demais, mas não precisamos ir tão longe. A alguns anos atrás,
nós tínhamos a indústria tabagista que nos mostravam em seus maravilhosos
comerciais, que era possível fumar 04 maços de Hollywood por dia, ser um
esportista super foda e ainda não ter mal hálito. Essa imagem combinada aos
efeitos do cigarros, arrebataram milhares e milhares de usuários por todo
mundo. Agora analise sr. fumante (pois você vai entender melhor):
Após uma refeição dá vontade de acender um certo (eu também uso o termo "mais
um prego no caixão" mas tem gente que se ofende fácil com isso)!? Após um
café? Quando está nervoso? E quando está alegre? Tem gente que diz que só fuma
quando bebe (esse pra mim é um dos piores argumentos ever). De certa, o
cigarro condiciona o seu comportamento de tal forma que diz que: a partir de
agora, após uma atividade ou vivencia de sensação, corriqueira ou não, você
deve consumi-lo (isto é passado quimicamente para você).
Por mais que não queiramos isso, a vontade é mais
forte, muitos tentam lutar e alguns mais persistentes conseguem se libertar do
"vírus". Que aliás, nessa ótica é muito mais assustador, pois um potencial
vírus zumbi se trata de você mesmo e, o conjunto de reações químicas que compõem
o seu comportamento.
Agora imagine que joguem uma droga nas ruas,
diferente de tudo que já vimos. Uma droga que condicione você a comportamentos
específicos, algo que iniba o raciocínio mas deixe latente instintos como: raiva,
fome, medo e outras coisas que acaba nos tornando mais primitivos. Imagine
também que quanto mais você usar, maiores serão os períodos de permanência neste
nível de consciência e, BINGO: você tem algumas centenas de marionete zumbi puxadas
com cordinhas químicas! Após isso é só escolher, se você quer um soldado, um
operário, uma concubina. São inúmeras aplicações de uso.
Por favor, se você teve saco para ler tudo isso,
não pense que este texto é apenas um campanha antidroga ou antitabagista. Este é
apenas um vislumbre da minha visão de um possível apocalipse zumbi em andamento.
Um apocalipse onde abrimos mão do livre arbítrio para nos tornar a cadelinha de
alguém ou algo, que pensará por nós.
Caindo eu gritei isso, nos vemos no chão!
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